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01/04/2011 - 00h00

Tatame #182 Duelo de lendas. Já nas bancas

Na época do Pride, apesar do monopólio da BTT e da Chute Boxe no evento japonês, os atletas que não faziam parte destas escolas tinham a possibilidade de lutar em eventos menores, mas que pagavam razoavelmente bem como o Cage Rage, Pancrase e o Shooto japonês. Além, é claro, do UFC, que aos poucos foi recuperando fôlego após Dana White e os irmãos Frank e Lorenzo Fertitta pagarem a bagatela de dois milhões de dólares a Rorion Gracie pela compra do evento. 

Quando o UFC comprou o Pride, em 2007, a primeira preocupação dos fãs foi com o monopólio que poderia ser criado pela organização dos irmãos Fertitta, que alguns meses antes já haviam comprado o WEC, evento que vinha crescendo nos Estados Unidos. A preocupação fazia sentido, afinal de contas, se o atleta não estava no plantel do UFC – ou estivesse insatisfeito com o evento - não havia uma organização que pudesse oferecer os mesmos recursos do Ultimate, já que o Cage Rage estava falindo e o Shooto japonês andava – e ainda anda - muito mal das pernas. 

No entanto, não foi o que aconteceu. Apesar da tentativa frustrada dos japoneses em criarem um novo evento como o Pride, o mercado ainda deu alguns suspiros e empregou muita gente no Sengoku e no Dream. Nos Estados Unidos, o Strikeforce crescia a passos largos e começava a medir forças com o UFC. Mas com a notícia da compra do Strikeforce pelo UFC – e a crise japonesa no MMA – o medo do monopólio voltou a assombrar os fãs. 

Mas, se levarmos em conta o crescimento do esporte nos últimos anos, o mercado irá reagir. Os japoneses já ensaiam a criação de um novo evento, encabeçada pelo ex-presidente do extinto Pride, Nobuyuki Sakakibara. Nos Estados Unidos, o Bellator tem contrato com a MTV e vem realizando diversos eventos. Apesar do domínio do UFC, o mercado é grande e certamente muitos empresários estão de olho nas possibilidades de investimento. O monopólio é ruim, mas por enquanto não temos com o que nos preocupar. 

Boa leitura e até o mês que vem.